O Arauto

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sábado, outubro 13, 2007

Farda, também em Moçambique, não é sinónimo de competência

O chefe (?) do Departamento de Relações Públicas do Comando (DRPC) da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Maputo, Abílio Quive, de sua graça, condicionou a confirmação de uma notícia ao jornalista do “O OBSERVADOR”, Emídio Sambo, à apresentação do certificado de registo do nosso jornal (já agora deveria ter perguntado ao repórter de que partido era, se da FRELIMO ou da RENAMO).
Ora enquanto responsável do DRPC da PRM, Abílio Quive tem o dever e a obrigação de prestar toda e qualquer informação que seja de Interesse Público, contanto que não ponha em causa a Segurança do Estado.
E, se não sabe, é aqui que, no contexto de um Estado de Direito democrático, os órgãos de Comunicação Social entram em cena. Mas o senhor (?) não é culpado. Culpado foi quem apostou em si para lidar com o público!
Enquanto a sua avença, o seu ganha pão, tiver como fonte o bolso e a carteira do contribuinte, Abílio Quive não tem o Direito de violar a Lei, mormente a Constituição que estabelece o Direito à Informação aos moçambicanos.
Mas o senhor (?) não é culpado. Culpado são os seus superiores hierárquicos que não ainda tiveram o senso de saber quem (não), em tempos que não monolíticos como estes que estamos com ele, deve servir a PRM!
A repreensível postura de Abílio Quive contrasta com os apelos e esforços que o Mais Alto Magistrado da Nação (Armando Guebuza) e o Ministro do Interior (José Pacheco) têm feito no sentido de juntos combatermos o crime que, como se diz à boca pequena, conta supostamente com o concurso de alguns agentes da PRM.
Mas o senhor (?) não é culpado. Culpado foi quem um dia pensou (e mal) que o senhor poderia envergar a farda!
Abílio Quive diz que não conhece o jornal “O OBSERVADOR”. Na verdade, de nada nos serve(ria) conhecer um putativo responsável que não lê jornal. É com desprazer que tomamos conhecimento que a PRM tem um putativo responsável de um departamento tão importante como é o de Relações Públicas do Comando da PRM não lê jornal.
Interessar-nos-ia conhecê-lo, isso sim, se porventura fosse um agente à altura do cargo que ocupa e que tivesse uma postura que se compaginasse com o ambiente que se quer num País que se quer democrático.
Mas o senhor (?) não é culpado. Culpado é quem o indigitou para o cargo que ocupa e, por sinal, pretende mantê-lo até ao dia do “São-Nunca-da Exoneração” (acaso conhece este santo católico?).
Nós somos “O OBSERVADOR” e, enquanto parceiros sociais e no contexto da Democracia Participativa, cá estamos para ajudar a construir um Moçambique melhor.
No que a si diz respeito… !

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